Licenças de Software: Entenda Essa Salada

A evolução das tecnologias da informação nos últimos anos tiveram como consequência a disseminação de diversos softwares e aplicativos com várias funcionalidades para atender a múltiplos objetivos.

De um lado, nós temos empresas que investem bilhões para desenvolver softwares recheados de funcionalidades, seguidas de um marketing poderoso para atender seus objetivos de mercado: a busca pelo lucro, despertando o “fetiche” nos consumidores, que passam a desejar loucamente seus produtos.

Por outro lado, nós temos comunidades de desenvolvedores e usuários de tecnologias que desejam ter maior liberdade no uso desses softwares e que, de forma quase que unânime, não concordam com a forma como muitas dessas empresas desenvolvedoras de software se impõem no mercado.

Por fim, nós temos também aqueles softwares que não se enquadram nessa categorias. São softwares desenvolvidos por grandes empresas, mas que, no geral, operam em um modelo “freemium”- no qual alguns recursos são disponibilizados gratuitamente aos usuários, enquanto recursos mais avançados são disponibilizados em planos pagos- como também temos softwares que, embora não sejam livres e de código aberto, são oferecidos gratuitamente aos usuários como parte de uma estratégia de negócios da empresa desenvolvedora.

Desse modo, o objetivo desse artigo, é mostrar a você os diferentes tipos de softwares e os diferentes tipos de licenças de software, começando pela definição do que é considerado software, para em seguida, começarmos a distinção.

Se você preferir, nós temos esse conteúdo em vídeo, no qual você pode assistir abaixo.

Do contrário, você pode prosseguir com a leitura do artigo.

Boa leitura!

O Que é Software?

Software é todo programa executado em seu computador, smartphone, tablet ou qualquer equipamento capaz de executar tarefas computacionais.

Um editor de textos, um navegador, um editor de áudio, um jogo, um app de streaming e até mesmo o seu sistema operacional (Windows, Linux, MacOS) são exemplos de softwares, muitos dos quais você utiliza rotineiramente para trabalhar, estudar ou por puro entretenimento.

Independentemente do software que você utilize, todos eles são protegidos por uma licença de uso e te apresentaremos agora uma introdução sobre essas licenças para softwares.

O Que é Licença de Software?

Trata-se de um documento que define como o produto deve ser utilizado, onde podem ser restringidas a cópia, a distribuição ou a adaptação da aplicação. Enfim, define o que um usuário pode ou não fazer com relação a um determinado software, sendo o próprio desenvolvedor o responsável por definir tais diretrizes.

Existem diversos tipos de licenças, podendo ser gratuitas ou disponibilizadas ao usuário a partir de um pagamento.

Tipos de Software

Agora que já entendemos o que são as licenças para softwares, é importante conhecermos algumas categorias de software para que, em seguida, possamos compreender os tipos de licenciamento.

As principais categorias de software são:

Software Livre ou Free Software

O software livre é aquele software que respeita a liberdade e senso de comunidade dos usuários, isso significa que os usuários possuem a liberdade de executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software.

O software livre se trata de uma questão de liberdade e não de preço.

Software Gratuito ou Freeware

Software gratuito é aquele que o usuário não precisa pagar para utilizar, além de não possuir limite de uso por tempo. Porém, o usuário não necessariamente tem acesso ao código-fonte do software.

Um exemplo de freeware é o navegador Google Chrome.

Adware

Adware consiste em inserir uma publicidade no software, de forma que o usuário é obrigado a ter contato com aquele anúncio todas as vezes que utiliza o software. A propaganda só é retirada mediante a um pagamento por parte do cliente.

Diversos jogos para dispositivos mobile são exemplo de Adware.

Shareware

Trata-se de um software que inicialmente se encontra gratuito, mas possui um limite de tempo de uso, que após o término cobra ao usuário um pagamento para o contínuo uso do software. O Shareware funciona para o consumidor como uma forma de teste para a eficácia do produto final.

Temos como um exemplo de shareware o popular Microsoft Office.

Software Proprietário

Software proprietário é aquele que não pode ser modificado ou redistribuído pelos usuários, exceto nos casos em que o desenvolvedor autorize o acesso ao código-fonte e permita a ação.

Um exemplo de software proprietário é o próprio Microsoft Windows.

Software de Código Aberto

Apesar dos conceitos de software livre e software de código aberto serem parecidos, o último tem um viés mais técnico, enquanto a filosofia do primeiro está ligada aos temas éticos, além de que no caso do software de código aberto os responsáveis podem estabelecer restrições de uso.

Principais Tipos de Licenças de Software

Licença para Uso Temporário

As licenças de uso temporário são bastante limitadas, não permitindo que o usuário realize a instalação do software em qualquer computador, somente nos equipamentos acordados.

Este tipo de licença inclui atualizações por parte do desenvolvedor, porém, os custos das manutenções periódicas são do usuário.

Licenças Open Source

Nesse tipo de licença, o usuário fica isento dos gastos de locação, podendo customizar o software de acordo com a sua necessidade, com irrestrito acesso ao código-fonte.

Software de código aberto ou “open source” não significa simplesmente acesso ao código-fonte. Os termos de distribuição do software de código aberto devem obedecer a alguns critérios:

  • Redistribuição gratuita;
  • Código-fonte;
  • Obras derivadas;
  • Integridade do código-fonte do autor;
  • Nenhuma discriminação contra pessoas ou grupos;
  • Não discriminação contra campos de esforço;
  • Distribuição de licença;
  • A licença não deve ser específica para um produto;
  • A licença não deve restringir outro software;
  • A licença deve ser neutra em termos de tecnologia;

Por isso, a licença Open Source é considerada a opção mais completa no que se refere à extensão da licença e utilização geral, sendo possível até mesmo fechar o código de um produto derivado desta licença como aconteceu com o Kernel BSD.

General Public License (GNU)

Surgindo em 1989, e tendo uma segunda versão em 1991, em virtude de problemas encontrados na primeira, a GNU é um tipo licença que permite melhorias no código-fonte e livre distribuição dos produtos.

O documento original dessa licença existe apenas em inglês, não sendo permitida a sua tradução, para evitar ambiguidades e descumprir alguma das suas liberdades, que são:

  • Liberdade para executar o programa, independentemente da finalidade;
  • Ter acesso ao código-fonte do software e estudá-lo de modo a implementar customizações e melhorias que atendam às necessidades do usuário;
  • Liberdade para redistribuir cópias de um software;
  • Em complemento ao segundo ponto citado, o usuário que fizer customizações e melhorias no código-fonte deve compartilhá-los com a comunidade, de modo que mais pessoas sejam beneficiadas;

Na licença GNU, o criador permanece com a posse do software, não sendo permitido que terceiros se apoderem do código-fonte. Além disso, não é autorizada a criação de restrições para a sua distribuição.

Licença para Aquisição Perpétua

Nesse tipo de licença, o usuário possui direito de uso vitalício do software. Entretanto, há limitações nos processos de atualização e manutenção.

Apesar de oferecer diversas funcionalidades, esse tipo de licenciamento pode adicionar custos não planejados para o usuário no momento da aquisição do software.

Licença para Aluguel

A licença para aluguel é bastante parecida com a de uso temporário, porém o software em si fica hospedado na nuvem e o usuário paga um valor mensal para utilizar o sistema.

Licença SaaS

Parecida com as licenças de uso temporário e de aluguel, a licença “Software as a Service” (Saas), “Software como Serviço” em uma tradução livre, se trata de um tipo de licença em que o sistema fica hospedado em uma plataforma na nuvem e o contratante paga uma mensalidade proporcional ao número de usuários ou recursos que utilizará.

Conclusão

Esses foram os principais tipos de software e licenças de software que buscamos apresentar para vocês. E aí? Curtiu? Tem algum tipo de licença que você acha que deveria ser abordado? Posta nos comentários e contribua conosco.

Referências

A referência para esse artigo foi obtida do site Diolinux.

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